terça-feira, 23 de setembro de 2008

Situações

By: Willian Augusto Mazaro Guimarães
E eu me convenço que o amor existe,
E eu me convenci ao olhar em teus olhos
Ao sentir teu calor
Ao beijar sua alma
Maior que sua boca
Aos meus grandes e amáveis deuses eu agradeço pela vida
Agradeço aos instantes que me permitem ao teu lado
Ou ao menos,
Os instantes que me permitiram.
Você sumiu,
Saiu da minha face de vista,
Saiu do meu coração sem dizer aonde ia,
Quando voltava,
Ou se iria voltar,
Fiquei com medo
Mas o amor próprio logo me deu respaldo.
Agora saio á noite sozinho,
Perambulando só, sem ninguém ao meu lado,
E porque isso?
Porque não encontro mais você,
Você sumiu, desapareceu,
E as imperfeições tomam conta dos que tentam se aproximar de mim,
Não sou seu, e não sou de ninguém, é assim que quer que seja?
Não quero assim, não sou assim, nem nunca serei.
A pouco tempo eu conheci pessoas podres,
Que faziam sexo a esmo,
E que não tinham amor próprio,
Lembrei de suas perfeições sentimentais e sorri,
Olhei para a lua e vi minha grande mãe,
Bela e sorrindo para mim,
Logo vi que tenho um longo caminho pela frente,
Milhões de objetivos e metas a vencer.
Mas sinto falta de quando me tocavas
De quando me abraçavas
Da época em que me fazia bem.
Eu melhorei muito,
Fisicamente,
Emocionalmente,
Até mesmo profissionalmente,
Tudo para você.
Mas, você apareceu,
De uma maneira não muito legal.
Foi naquele dia quando te achei,
O dia seguinte da noite na qual você finalmente ligou,
Você disse que tinha saudades,
Você, ao telefone, me fez lembrar de todos os nossos momentos juntos,
E você sabe que foi intenso
Você me perguntava se sentia sua falta,
Você ditava alguns momentos e perguntava se eu me lembrava
Se eu me recordava de como era bom.
Em uma lufada de palavras você insistiu e disse:
-“vamos fazer tudo isso novamente?”
Inocentemente eu disse que sim,
Eu disse que iria tentar ajustar meus horários aos seus
Para nos vermos
E fazer as nossas “escapadinhas”
Era como você gostava de chamar nossas saídas para um café
Era como você chamava quando saíamos,
Era quando apenas nos víamos.
Você então perguntou se eu sentia muita saudade...
Meu Pai, como fui tolo em dizer que sim,
Então você disse que também sentia,
Mas diferente de mim,
Você chorou ao dizer que me queria novamente,
E eu, tentei te consolar por palavras,
E pensei que você dizia toda a verdade,
Pelo menos, foi um dos maiores momentos de minha vida.
Combinamos após exatas duas horas e trinta e sete minutos ao telefone,
De se encontrar dali dois dias.
No dia seguinte meu celular não parava de tocar,
De tantas mensagens que você me mandava,
Dizendo que sentia saudades,
Que me queria,
E que iria me dizer o porquê sumiu,
E também,
Você se atreveu a dizer,
Que iria me explicar o porquê me queria Para Sempre.
No dia, local e horário marcados,
Você não apareceu,
Porque eu não fiquei surpreso.
Fui então andar pela cidade,
Naquele dia eu estava de folga, então pude refletir.
Eu te liguei no celular,
Mas você atendia e desligava,
Não teve nem o bom senso de desligá-lo.
Porque que á cada ligação meu peito doía?
Porque que a cada instante que se passava eu me sentia doente?
Você estava me matando.
Então você decidiu atender o telefone,
Disse-me para te encontrar em um local distinto daquele marcado anteriormente.
Fui a sua procura,
Pensei que estava no trabalho,
Por isso, obviamente, é que você não me atendia.
Quando cheguei onde você me esperava,
De lindo, havia a natureza ao meu redor.
Abraçando-me e me confortando.
Você se esqueceu de que eu amo a natureza,
E que quando ando em meio a árvores não gosto de fazer barulho.
Quando cheguei, você estava desprecavido,
O silêncio da mata me cercou
E cerrou sua alma quando me viu,
Ou melhor,
Cerrou as suas almas quando me viram.
Logo compreendi seu sumisso,
Compreendi o seu “imprevisto de última hora”.
Eu não me importaria se tivesse me ligado dois dias antes,
E tivesse me dito que me queria como amigo.
Mas depois de mais de seis meses á sua espera,
Eu tive a real esperança de que você voltaria á mim,
De que o meu querido “BO” teria voltado.
Foi tudo mentira,
Fui imbecil em não ouvir os avisos claros.
Pensou que me ouviria chegando,
Mas fui obrigado a ver você se enroscando com um sujeito qualquer,
Mas é claro, você é um qualquer também.
Quando cheguei,
Você tinha acabado de chamá-lo de “ZU”,
Um dos nomes que havia dado a mim...
Doeu cara, demais mesmo,
Não vou explicar como foi á dor porque seria inviável.
Você, é claro, saiu de todos os setores de minha mente.
Não te quero jamais, nunca mais.
Por isso, pare de me ligar, de tentar se explicar.
Não vale a pena,
Não voltarei a você,
Tem pessoas que me querem,
Ainda existem pessoas verdadeiras neste mundo,
Acredito cem por cento nelas.
Eu lembrei de você á pouco tempo,
Pois ouvi uma canção que dizia:
-“ e o prêmio de maior mentiroso vai para você”.
Realmente,
Esta sua mentira, infelizmente, ficará gravada em mim.
Pois e já havia lhe dito uma vez...
Que quando colocamos pregos em uma cerca,
Eles permanecem lá,
Quando queremos tirá-los de lá,
Um furo vai permanecer,
E não importa o que façamos,
A madeira terá para todo sempre aquele furo.
Mas o furo que você causou em minha alma se preencheu,
Com muito amor próprio e aprendizado,
Em pessoas como você,
Não acredito mais.